segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Problemas

Após efetuar a pesquisa boca a boca e a pesquisa em redes sociais foram detectados problemas comuns nos municípios de Piritiba, Mundo e Tapiramutá, nosso campo de pesquisa concernente à destinação dos resíduos sólidos urbanos, a coleta de resíduos sólidos é realizada por meio de caminhões, onde os resíduos são acondicionados previamente em sacos plásticos e dispostos nas calçadas das vias públicas, neste momento, dois problemas surgem.

Primeiro, os resíduos são acondicionados em sacolas plásticas, em sua maioria, não adequadas para o descarte, pois estudos já comprovam que esse tipo de produto é um dos grandes poluidores do meio ambiente, além de colaborar para o entupimento dos sistemas de drenagem em período de chuvas com o consequente alagamento das vias públicas, inclusive a sua degradação, no ambiente, pode levar séculos devido a sua origem, que é produto de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD), derivado do petróleo, substância não renovável; segundo, disposto nas calçadas das vias públicas, ora vejamos, no momento em que não há um descarte seletivo, compostos orgânicos podem estar imiscuídos ao lixo não orgânico, isto, certamente, atraíra insetos, roedores, urubus, pombos e cachorros, além de outros animais, que podem propagar diversos tipos de doenças infecto-contagiosas.

Após essa pré-diagnose, outro problema se apresenta: o destino final do lixo nos municípios, campo de estudo, é o vazadouro a céu aberto, local onde é disposto o lixo, sem tratamento, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública, sem qualquer cuidado ou técnica especial. De acordo com entrevistas abordando o tema com o poder executivo dos municípios, os mesmos se manifestaram com opinião afim, direcionando o problema a orçamentos e a precária política pública para a coleta, descarte e tratamento de resíduos, e segundo a Pesquisa Nacional do Saneamento Básico (PNSB_2008)1: “Os serviços de manejo dos resíduos sólidos compreendem a coleta, a limpeza pública bem como a destinação final desses resíduos, e exercem um forte impacto no orçamento das administrações municipais, podendo atingir 20,0% dos gastos da municipalidade.” Entretanto, o custeio para o manejo dos resíduos sólidos é condição suficiente para desequilibrar o meio ambiente e por em risco à saúde pública?

Por fim, diagnosticamos, por meio das pesquisas, o problema do descarte digital/eletrônico, houve uma unanimidade na resposta: ninguém sabia como descartar o resíduo digital.

No Brasil, constitucionalmente, é de competência do poder público local o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos em suas cidades. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB 2008, 61,2% das prestadoras dos serviços de manejo dos resíduos sólidos eram entidades vinculadas à administração direta do poder público; 34,5%, empresas privadas sob o regime de concessão pública ou terceirização; e 4,3%, entidades organizadas sob a forma de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios.

Estes são os problemas que foram diagnosticados, e onde tentaremos buscar soluções através de estudos, pesquisas e idéias propostas pela população para apresentar às autoridades competentes municipais.

Fonte: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

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